O Impacto da ELA de Origem Genética

Em 2015, o Jeremy recebeu a notícia de que o seu tio tinha falecido com ELA. Foi a primeira vez que alguém da sua família foi diagnosticado com esta doença e, embora Jeremy estivesse compreensivelmente de luto, acreditou que seria um incidente isolado. Jeremy desconhecia, porém, que o seu tio sofria de uma forma de ELA causada por uma mutação genética da expansão hexanucleotídica no gene C9orf72, o que significava que tanto ele como toda a sua família estariam em risco de herdar o gene causador da doença.

Mais tarde, em 2019, o Jeremy recebeu um telefonema angustiante. Era o seu primo Jon, a dar a notícia que tanto Jon como o seu irmão mais velho, Seth, tinham sido recentemente diagnosticados com ELA causada pela expansão C9orf72. Imediatamente, Jeremy compreendeu que poderia estar em risco e sabia que tanto ele como a sua mãe teriam de ser testados, e assim o fizeram. Ao receberem os resultados, estes vieram com a infeliz e devastadora notícia: Tanto o Jeremy como a mãe tornar-se-iam o quarto e quinto membros da sua família a testar positivo para o gene responsável por 20-30% dos casos genéticos de ELA em todo o mundo.1

Jeremy S. (meio) com os primos Jon (esquerda) e Seth (direita) 

"Depois de compreender as implicações que esta mutação genética teria em toda a minha família, fiquei simplesmente devastado. Nada nos pode preparar para uma coisa destas", explica Jeremy. "Uma das coisas mais difíceis de lidar é a incerteza. Embora me tenham dito que vou de certeza desenvolver uma das doenças associadas à mutação, ninguém é capaz de me dar um prazo. Mesmo na minha própria família, é possível ver a variabilidade na idade de aparecimento da doença". 

O trauma coletivo pelo qual Jeremy e a sua família tiveram de passar na sequência dos seus resultados é incompreensível. Não só esta informação foi difícil de assimilar, como também provocou um efeito de disseminação do medo em toda a sua família, uma vez que outros familiares próximos se aperceberam de que poderiam também estar em maior risco. Para Jeremy e a sua família, as perguntas que surgiram imediatamente foram: "Quem mais deve fazer o teste?", "Existem opções terapêuticas?" e, talvez o mais importante, "O que é que fazemos agora?" 

"Tive de me afastar do meu trabalho para lidar com a minha nova realidade e para reflectir sobre como queria que fosse o resto da minha vida", afirma Jeremy. "É difícil planear o futuro quando tudo é tão incerto. Também penso muito mais no legado que vou deixar quando já não estiver cá." 

Enquanto Jeremy refletia sobre os seus próximos passos, comprometeu-se a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para garantir que as futuras famílias nunca mais tivessem de passar pelas mesmas dificuldades que a sua família passou e continua a passar. Integrou estudos clínicos, procurou informar-se e trabalhou para defender uma educação mais alargada em torno da ELA genética e do seu impacto nas famílias em todo o mundo. Isto fê-lo chegar à Biogen. 

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Biogen-213341 | Julho 2023