Histórias

Mariana

 

Quando a Mariana nasceu, nada indicava o prognóstico que seria determinado mais tarde, aos 20 meses de idade. Até então, o seu desenvolvimento tinha sido perfeitamente normal. "Ela nasceu perfeitamente saudável do ponto de vista físico e de toda aquela bateria de testes que são feitos à nascença", descreve Carlos, o pai da Mariana.

No entanto, à medida que o tempo passou, começaram a surgir sinais de deterioração na sua condição. Começou gradualmente a perder capacidades físicas e desenvolveu uma maior preferência pelo gatinhar. A família procurou vários médicos em busca de respostas, mas não encontraram um diagnóstico definitivo. 

“Infelizmente, esse é o desafio que enfrentamos quando lidamos com doenças raras. É extremamente complicado chegar a um diagnóstico preciso.”

Carlos comenta que se a Mariana tivesse sido diagnosticada durante a gravidez ou logo após o nascimento, poderia ter evitado essa perda de habilidades. "Ela provavelmente estará hoje na fase em que estava quando tinha um ano de idade", diz Carlos. O que o preocupa nestes tipos de doenças, como a Atrofia Muscular Espinhal, é a sua progressão. Se não for interrompida e acautelada, a condição pode incapacitar progressivamente a pessoa, levando-a a um estado praticamente vegetativo. 

No entanto, a família de Mariana relata uma experiência extremamente positiva com o Sistema Nacional de Saúde. Carlos considera que a importância reside na deteção precoce da doença, para que as pessoas afetadas possam receber o acompanhamento adequado por parte de médicos e terapeutas especializados. 

A mensagem que a família da Mariana quer transmitir é uma mensagem de esperança. “São notícias que ninguém quer receber.”, afirma Carlos. Essas notícias fazem-nos encarar a realidade de uma forma completamente diferente. No entanto, é importante ter esperança. Existe um sistema de saúde disponível, com profissionais que auxiliam neste tipo de doenças raras. Além disso, Carlos destaca ainda que a investigação científica está a avançar rapidamente, revolucionando as terapias disponíveis. “Dentro da fatalidade da notícia, eu acho que temos que ter, sobretudo uma Mensagem de Esperança, porque não deixam de ser nossos filhos, não deixam de ser pessoas que nós amamos, e portanto temos que as fazer ser felizes.”

Quanto aos sonhos de Mariana, houve uma fase em que ela queria ser a "fada dos dentes", sempre em movimento. À altura da entrevista, o seu desejo era tornar-se bailarina. A família continuará a apoiá-la e a fazer o possível para que ela seja feliz, buscando o melhor tratamento possível e acompanhamento para a Mariana. 

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